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RECANTO DA PROSA

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Planejamento 2022 - Bullet Journal

Hoje é dia de textão! Mas antes de correr para as montanhas, faz uma conta aqui comigo: dos 43.200 minutos do mês de dezembro, essa leitura vai te custar uns dez. Em percentuais, isso significa 0,02% do mês. E se esse tempo for te facilitar as próximas 8.760 horas do ano que vem, talvez seja uma boa ideia. Mas chega de números porque sou de humanas.



Antes de mais nada, devo dar os créditos de boa parte do conteúdo deste post a Ryder Carroll. Para quem não sabe, ele é o criador do método Bullet Journal, que já venho usando há alguns anos, combinado a alguns apps digitais (Google Agenda para programar os posts do blog; e Trello para projetos longos e banco de ideias). Em linhas gerais, o método é simples. Basta uma caneta e um caderno em branco, cuja estrutura vai sendo criada à medida que o tempo passa, personalizada às necessidades de cada um, por meio de um sistema de símbolos para anotar tarefas (aquilo que você precisa fazer, sem um horário definido) e compromissos (atividades com data e hora marcada).



Pessoalmente, gosto muito desse método. Em primeiro lugar porque é simples e funciona para mim. Todo método de organização e planejamento precisa ser intuitivo e prático (se está te acrescentando trabalho ou tomando seu tempo ao invés de otimizá-lo, vale repensar o uso). Em segundo porque sou analógica, me organizo melhor no papel. E amo itens de papelaria desde criança, o que significa que o Bullet Journal acaba funcionando também como um hobby. Em terceiro, mas não menos importante, porque é um método flexível, que vou adaptando ao longo do ano sem precisar me manter “presa” a nenhuma estrutura fixa. Quando sinto necessidade, crio páginas para minhas listas, atas de reunião, projetos, rascunhos literários etc.


Então vamos agora ao tema deste post, porque você veio até aqui para planejar seu ano novo, não é? Bom, sinto muito por te frustrar assim de cara, mas não vou começar falando do futuro. Se você pretende fazer planos para 2022, antes é preciso olhar para 2021, com tudo o que isso significa no contexto crítico que temos vivido. Talvez seja difícil, mas olhar para o passado é tão importante quanto olhar pra frente. Pode ser que sua saúde física e/ou mental tenha sofrido abalos; que você tenha perdido um emprego ou não tenha conseguido realizar nada do que pretendia no começo do ano. Pode ser que você tenha perdido alguém. E se foi o seu caso, deixo meus mais sinceros sentimentos.


De qualquer forma – e sem se cobrar a fazer isso, porque ninguém é obrigado a nada – se você quer fazer um planejamento, mas não sabe por onde começar, aí vão as minhas sugestões.


Comece por resgatar tudo o que puder sobre o ano que passou. Se tiver anotações, uma agenda digital, um diário, fotos no celular... ótimo. Se não, faça um exercício de memória. O que for mais importante será lembrado. E para te ajudar a fazer isso, minha sugestão é começar por algumas perguntas simples, sugeridas pelo Ryder Carroll:


1. O que deu certo em 2021? O que não deu?

2. O que você quer levar para/começar em 2022? O que não faz mais sentido?

3. De modo geral, como você se sente sobre o ano que passou?

4. Que aprendizados você pode tirar das suas experiências?



Ao se fazer essas perguntas, seja gentil consigo. 2021 não foi nada fácil e você pode cair na armadilha de olhar apenas para os seus “fracassos”. Não faça isso. Correndo o risco de soar como um livro de autoajuda, sugiro que você procure interpretá-los como lições difíceis. Aliás, vamos chamá-los assim. “Fracasso” é uma palavra horrível que só serve para te desvalorizar – e não é isso o que queremos. Valorize suas conquistas. Nem que tenham sido aparentemente poucas ou pequenas. Conseguir sair da cama rumo ao sofá durante uma depressão já é um grande feito – e muita gente passou por isso.


Partimos então para o mês de dezembro. E já começo com uma pequena profecia: não vai dar pra fazer tudo o que você deseja fazer ainda neste ano. Sério. Isso não significa que não vai dar pra fazer nunca, então não surta. Apenas faça uma lista de tudo o que te vier à cabeça, sem pensar demais, e depois destaque o que você ainda precisa fazer (pagamentos, matrículas, tarefas cujos prazos são inegociáveis etc.). Em seguida, procure numerar esses tópicos em uma ordem de prioridade. Só depois analise o que você deseja fazer e observe se não há coisas que podem ser adiadas para o ano que vem. É bastante provável que sim.


Neste momento, é importante buscar precisão. Ao invés de “fazer exercícios”, experimente “fazer uma caminhada de meia hora, das 18h às 18h30, às segundas e quartas, acrescentando um sábado de manhã quando for preciso remarcar um dos dias anteriores”. Reparou como parece mais realizável? E mais: anote o que você quer, não o que dizem por aí que você deve fazer. O ideal é diferente do real, então crie metas que cabem na sua realidade. Sério, quem é que dá conta de acordar todos os dias antes do sol nascer, praticar yoga, tomar um banho e cozinhar um café da manhã nutritivo? Na maior parte das manhãs, eu aperto o “soneca” algumas vezes, tomo um café preto enquanto vejo alguma besteira na TV, vou trabalhar e deixo os exercícios físicos pro fim da tarde (isso quando não estou exausta).


Retrospectiva feita, vamos à parte divertida: abrir um caderno em branco para 2022! É claro que você pode fazer isso a qualquer momento (lembra do que eu falei sobre flexibilidade?), mas a virada do ano é tradicionalmente um período de fechamentos e (re)aberturas de ciclos. Ao passar de um caderno para o outro, sinto de forma material que estou registrando o meu desenvolvimento. E isso é o que Ryder Carroll chama de migração: passar para o caderno novo tudo o que for essencial, seja na forma de listas, de um texto corrido, ou do jeito que preferir. O caderno é seu, tem que fazer sentido pra você. Esse é o momento de trabalhar numa “edição” da sua vida, cortar o que te emperra e focar no que te importa. Aqui vale uma observação minha (o Carroll não tem nada a ver com isso): não se obrigue à gratidão. Acabei pegando um pouco de ranço dessa palavra, afinal ninguém consegue ser grato o tempo todo. Se quiser fazer uma página de coisas pra xingar, faça. Como eu disse, a vida é sua, o caderno é seu.


Fim de post e pode ser que você esteja pensando: “Socorro. É muita coisa!”. Verdade. Mas lembra daqueles números lá de cima? Você ainda tem 30 dias. E te asseguro que uns dez a quinze minutos diários são mais do que suficientes para tudo isso. Se tem uma coisa que aprendi usando o Bullet Journal foi a fazer tudo aos poucos, respeitando minha agenda, os imprevistos e o meu ritmo. Evidentemente com planos para o futuro, mas valorizando a minha estrada, um passo de cada vez.


_____


Para saber mais sobre o método e dar uma olhada no modo como eu personalizo o meu Bullet Journal, basta clicar nos links abaixo. Os tutoriais são de junho/2021, mas os conteúdos são semelhantes e o modelo se mantém :)



Última coisa! Na loja do blog, estão disponíveis alguns exemplares do Bullet Journal do Recanto da Prosa. (É esse que usei nas fotos). Clique na imagem abaixo para mais detalhes. Só tenho mais seis!




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